sábado, junho 13, 2020

Com papas e bolos...

Diz o povo que com papas e bolos, se enganam os tolos. Não me tenho por tola, mas se me enganarem, só se for com bolos, que às papas, nem vê-las! Gosto de tudo, ou quase tudo, o que tenha uma consistência semelhante à papa, mas não da dita. Dêem-me mousses ou uma qualquer comida mastigada que eu fico feliz. O termo "comida mastigada" não é sugestivo, mas a minha mãe usa-o muito para se referir àquelas comidas que não precisam de ser muito mastigadas, como por exemplo uma açorda ou um bacalhau com natas. Comida mastigada por outros, dispenso naturalmente, especialmente em tempos de Covid19. E as papas, perdoem-me aqueles que as apreciam, parecem-me sempre comida mastigada por outros.

A papinha na foto, e não sei porque uso o diminutivo, é a famosa papa Maizena. Passo a publicidade mas parece que é assim que é conhecida, apesar de esta ter sido feita com um qualquer amido de milho de marca branca. O meu marido sempre falou dela com muito carinho e recordava saudosamente os tempos em que a comia. E não me perguntem por que razão é que, em 22 anos que estamos juntos, nem ele me pediu para lhe fazer uma destas papas, nem eu tomei a iniciativa de as fazer. Mas nunca é tarde. Este ano a coisa deu-se e agora não quer outra coisa. Ele delicia-se com a papa e eu faço-a com carinho, mas olhando para ela sem nunca entender como alguém pode gostar daquilo. A nossa filha também não é fã desta papa mas aprecia outras. E ainda por cima com grumos, o que torna a coisa pior. Ou não. Quanto a mim, já estou a pensar nas sardinhas que vou comer hoje. Isso sim, reconforta o estômago e alegra as minhas papilas gustativas!

sexta-feira, junho 12, 2020

A marcha é linda!

Não fora o desgraçado do vírus, e hoje seria dia de Marchas Populares de Lisboa. E para quem gosta de saber estas coisas, fica aqui um cheirinho da sua história. Não tenho raízes em Lisboa e cheguei a esta cidade (para ser mais precisa, perto dela) já espigadota, com 12 anos. Mas a minha mãe,  também uma apaixonada pelas marchas, criou lá por casa a tradição de ir ver as marchas, e eu aderi com todas as minhas forças. Íamos bem cedo, para arranjar um bom lugar, e lá aguardávamos ansiosamente a hora do desfile, para depois nos maravilharmos com toda aquela alegria, cor e musicalidade. Passei o gosto à minha filha e só falho por motivo de força maior.

Sempre que estava na Avenida da Liberdade a ver as marchas a passar, sonhava com o dia em que eu própria também ali estaria. Mas julgava ser sonho impossível de se realizar, dado não ser nascida nem criada em nenhum bairro lisboeta. Já bem adulta e com uma filha de 4 anos, fruto de uma sequência de coincidências (para quem nisso acredita, porque eu tenho a certeza de que não as há), vi-me marchante pelo Lumiar. Oh, que alegria! Um sonho realizado! Falta-me o jeito para a dança e calhou-me um par que era metade de mim, mas lá me saí muito bem. Que emoção descer a Avenida! O meu marido foi aguadeiro e a minha filha assistiu entusiasmada, depois de não ter falhado um único ensaio e de saber a coreografia toda de cor. Já vos disse que tinha só quatro anos? Já me apeteceu repetir a experiência, mas provavelmente não o farei. 

Não encontrei nenhuma foto minha, porque não sei onde as guardei, mas encontrei esta foto do ano em que fui marchante:
Hoje não há marcha, mas há manjericos. E que bem que cheiram! Lembram-me também a minha Vovó, que tanto gostava deles. Infelizmente, também me falta o jeito para cuidar de plantas, mas vou tentar que eles se mantenham viçosos por mais algum tempo. E se consegui marchar, também hei-de conseguir cuidar dos manjericos!

quinta-feira, junho 11, 2020

Ainda a propósito de Portugal


ViVer Portugal é uma iniciativa lançada ontem, Dia de Portugal, pela SIC e pelo Expresso, com o objectivo de promover tudo o que é português. Não me pediram publicidade mas gosto sempre de falar destas coisas. Descobri esta iniciativa ontem, na TV, enquanto tomava o meu pequeno-almoço (tenho o vício de precisar de TV para conseguir tomar o pequeno-almoço) e hoje, a propósito desta iniciativa, conheci uma empresa portuguesa de cerâmica, a Carisma, que tem produtos muito bonitos.

Ainda a propósito de Portugal, e da saída de Mário Centeno do governo, ouvi António Costa dizer: "Covid passado, o abraço será dado". Os tempos podem não estar para muita poesia, mas as rimas estão-nos no sangue!

Não termino sem vos contar que me fiz esperta!🤪Continuo a escrever no telemóvel mas instalei a aplicação Blogger. A letra pode continuar a ser pequena mas é muito mais fácil a edição. Vivendo e aprendendo. Sempre! E vamos aproveitar mais um feriado!

quarta-feira, junho 10, 2020

Dia de Portugal.....e de fazer experiências!


É verdade, hoje é Dia de Portugal, e à falta de uma imagem melhor, coloquei aqui a foto da bandeira portuguesa que esteve algum tempo na nossa varanďa. A bandeira já lá não está, não porque tenhamos deixado de gostar do nosso país, mas porque estava a perder a cor. E nós queremos um país cheio de cor. Dizem que é feriado e por isso o dia amanheceu tranquilo mas depois do confinamento, quem estranha dias calmos? Só quem teve sempre de continuar a trabalhar por nós. 

E é dia de fazer experiências porque o meu computador já teve melhores dias (mas ainda não vai ser substituído) e eu quis experimentar escrever no blogue através do telemóvel. Não sei qual será o resultado mas a experiência é estranha. Isto é tudo muito pequeno, e para quem já nem os braços compridos  chegam, não é muito fácil. Mas também não é impossível. Uff, já está!
Bom feriado para os que têm direito a ele. Bom Dia de Portugal para todos os que aqui estão, neste cantinho à beira-mar plantado, sendo ou não portugueses.  E para os que estão lá fora.

terça-feira, junho 09, 2020

Vim com a Palmira visitar o blogue!

Este podia ser mais um Back to Blogging, mas talvez não seja boa ideia. Diz-me a experiência (pouca) que os meus regressos a estas andanças não são duradouros. O último foi há 3 anos e desde então, tenho visitado outras paragens mas sem nunca por aqui passar.

Nestes tempos de pandemia, em que um vírus nos manteve fechados em casa e trouxe muitas mudanças às nossas vidas, descobri-me comunicadora dos directos, à semelhança de muitas outras pessoas. Mas para mim foi surpresa, e também o foi para muitos daqueles que me conhecem. Tem sido divertido experimentar caminhos novos mas ainda que não me ache suficientemente competente nem a falar, nem a escrever, continuo a sentir-me mais confortável na escrita. Hoje vim aqui procurar um texto que alguém me pediu, e que eu sabia estar guardado algures, e tive saudades. Saudades de escrever, saudades das visitas a outros blogues que tanta companhia me fizeram durante muito tempo. Não sei se por aqui me demoro muito tempo, mas também não importa. Se há coisa que tenho vindo a aprender é que tenho de ser menos rígida comigo própria. Há coisas que têm de ser feitas, mesmo que delas não gostemos, mas há outras que podemos fazer quando nos apetece e como nos apetece E esta é uma delas!

E porque trouxe a Palmira comigo? Em primeiro lugar, porque ela anda sempre atrás de mim! E depois, porque hoje a apanhei dentro deste cesto, que também me acompanha pela casa, e onde guardo os meus cadernos, canetas, agenda e Bíblia.

E já agora, parabéns ao meu marido! Ainda que ele não leia estas coisas, não posso deixar passar a data em branco. E que data! Celebrar a vida é sempre tão bom mas depois de Deus lhe ter poupado a vida, é melhor ainda!