quarta-feira, outubro 05, 2022

Em nome da Santa Cruz



Gosto de aprender e não consigo deixar de partilhar aquilo que aprendo com os outros. Descobri há poucos meses o programa Visita Guiada, da Paula Moura Pinheiro, na RTP2, e fiquei fã. Como assim só descobri agora se o programa já tem tanto tempo e é tão bom? Pois, acontece. E acontece que também vejo muito pouca televisão. Hoje propus-me começar a ver todos os episódios desde a primeira temporada. Ao ver este, sobre a cruz de D. Sancho I, comecei a pensar na praia de Santa Cruz e se o nome teria alguma coisa a ver com esta história. E claro que tem. Descobri o texto abaixo, no site da Câmara Municipal de Torres Vedras, que explica tudo isto:
"Em meados do século XIII, nascia na Ásia Menor (atual Turquia) uma bebé de nome Helena, que desposaria, quando jovem, cerca do ano 274, Constâncio Cloro, da qual união nasceria um filho. Chamar-se-ia Constantino.

Era então imperador Maximiano, que nomeou Constâncio corregente, abrindo-lhe a sucessão no Império, com a condição, porém, que repudiasse a sua mulher e desposasse Teodora. A cega ambição de Constâncio fê-lo separar-se de Helena, levando o pequeno Constantino para Roma. Durante 14 anos, Helena chorou as desventuras de um amor rejeitado, até que, em 306, Constâncio falecera, tendo Constantino sido nomeado imperador. De imediato, mandou chamar sua mãe à corte, conferindo-lhe o nome de Augusta e imperatriz.

Purificada pelo sofrimento, Helena recebeu o batismo, talvez em 307. Com idade avançada, visitou em peregrinação os lugares santos e, na subida ao monte Golgota, onde se havia construído um templo a Vénus, mandou derrubá-lo, para aí procurar a cruz onde Jesus morrera, tendo sido encontradas três. Mas qual das cruzes seria a de Jesus? Diz-nos a lenda que Helena ordenou que trouxessem perante si um defunto sobre o qual foram colocando cada uma das cruzes, e que, ao tocar em uma delas, o defunto recuperou a vida. Estava identificada a cruz de Jesus! Por esta razão, a imperatriz Helena foi canonizada e venera-se como Santa Helena da Cruz (ou Santa Cruz).

A devoção a Santa Cruz foi-se construindo entre os séculos III e VII, estendendo-se a todo o mundo cristão. Ao termo de Torres Vedras, o culto chegaria alguns séculos mais tarde, talvez na centúria de Quatrocentos, erguendo-se no litoral, em Ribamar, uma ermida, de invocação a Santa Helena da Cruz ou Santa Cruz de Ribamar, como assim se designava o local, um lugar ermo com a azenha em baixo, em 1517. O nome do lugar deve-se à então ermida, erguida, provavelmente ainda no século XV pelo convento de Santa Maria de Penafirme, defronte do sítio da atual capela de Santa Helena (em Santa Cruz), de invocação à Santa, que no século XVIII se desmoronaria no mar. Da primitiva ermida, resta hoje uma imagem da Santa Helena, muito venerada pelos Eremitas de Santo Agostinho, cujas preocupações se identificavam com as de Helena quando esta permanecia na Palestina, no fim da sua vida, servindo a Deus, na oração e na caridade, cuidando dos doentes e alimentando os pobres. Funções espirituais, mas também de assistência, porque ambos os caminhos são possíveis, mesmo quando ali, tão perto, o mar desafia os céus com as suas preces…"

Carlos Guardado da Silva


quinta-feira, setembro 29, 2022

53 random things about me (em inglês, só porque acho que soa melhor)




Nota: a numeração é só para eu não me perder. A ordem é totalmente arbitrária.

1. Sou uma sonhadora.

2. Tenho a urgência da escrita, como ouvi uma vez alguém dizer.

3. Passei a maior parte da minha vida a acreditar que era tímida, mas afinal acho que não sou. Só me faltava confiança.

4. Sou apaixonada por Tavira e Mértola.

5. Passei o verão a cantar Só Penso Em Ti, do Salvador Seixas. Quando gosto de uma canção, oiço e canto até à exaustão.

6. Gostava de saber andar bem de bicicleta, mas não faço nada para isso, e irritam-me os ciclistas na estrada.

7. Tenho muitos primos famosos, incluindo o Almada Negreiros. E não é treta! Já agora aproveito para pedir que votem na prima Carolina de Deus, que está nomeada para os Globos de Ouro.

8. Era fascinada pela série Fame e imaginava-me a dançar nos palcos de Nova Iorque. Mas nunca tive jeito para dançar.

9. Quando era miúda, queria ser cantora. Mas nunca ninguém me disse que canto bem, por isso devia ser coisa da minha cabeça. Mas ganhei muitos festivais da canção na cozinha da minha mãe!

10. Planear deveria ser um hobby. Sou muito feliz a fazê-lo.

11. Desisti de ir para o curso de educadora de infância porque odiava trabalhos manuais e não tinha jeito nenhum. Hoje adoro mas ainda estou à espera que me chegue o jeito.

12. Gosto de andar sempre com um livro, mesmo que saiba que não vou ter tempo de o ler.

13. Em criança, criei o Clube da Cultura, anunciei-o numa revista e choveram centenas de cartas de pessoas que queriam ser sócias. A minha mãe ficou desesperada e o clube não foi avante. Mas os CTT ganharam bom dinheiro!

14. Às vezes gostava de saber porque será que escrevo tanto sobre mim. Serei narcisista? Medo…

15. Sou apaixonada por quase tudo o que seja cor-de-rosa e tenha flores, e sou do Benfica, mas a minha cor favorita é o azul.

16. Não sou nada romântica, até acho piroso, mas adoro filmes e livros românticos. Será estranho?

17. Gosto de andar descalça, mas raramente o faço.

18. Sou viciada em entrevistas, conversas, biografias. Gosto de histórias de vida, e gosto de me inspirar na vida dos outros. Alta Definição e Conta-me são os meus programas favoritos.

19. Em miúda, inventava canções que cantava para a minha irmã. No dia seguinte, quando me pedia para repetir, eu já não sabia, mas também não lhe queria dizer que tinha inventado no momento.

20. Gosto tanto, mas tanto, de praia! Um banho de mar é das melhores coisas na vida. E é terapêutico.

21. Não gosto nada de andar sem brincos. Sinto-me despida. E gosto muito de pulseiras e de relógios grandes. Tudo no braço esquerdo, porque escrevo com a direita e os acessórios atrapalham.

22. Gosto muito de fazer anos.

23. O Ayrton Senna era o meu ídolo. Colecionava tudo sobre ele, e até falava com ele (ele é que não sabia!). Mas depois da sua morte, nunca mais quis saber de Fórmula I e desfiz-me de praticamente tudo.

24. Quando era adolescente, sonhava casar com o Príncipe Felipe de Espanha. Não fosse a Letizia e hoje era rainha!

25. Talvez me tenha passado ao lado uma carreira de atriz porque, regra geral, as pessoas acham-me melhor do que aquilo que eu realmente sou. Mas juro que não faço de propósito para enganar ninguém! E até sou boa pessoa. Só não sou tão inteligente, tão habilidosa e tão lutadora como me pintam.

26. Andei 10 anos nos escuteiros, por decisão minha, e odiei. Malta que andou comigo por lá, não levem a mal porque não é nada pessoal!

27. Aos 21 anos fui para Londres porque queria uma experiência diferente. Chorei baba e ranho durante três meses, mas foi um dos melhores anos da minha vida.

28. Mantive um diário dos meus 13 anos até aos 20 e poucos, onde escrevia sobre tudo e mais um par de botas. Um dia deu-me a louca e deitei tudo fora. Hoje arrependo-me. Posso ainda ficar famosa, e a minha filha ainda podia vir a ganhar um bom dinheiro.

29. Estou sempre a dizer que um dia vou ganhar o Euromilhões. Ninguém acredita porque eu não jogo. Mas eu já disse que só vou jogar no dia em que ganhar. Nesse dia, que eu vou saber qual é, talvez só vá dividir o prémio com quem acreditou em mim!

30. Tenho muitos amigos. Não sou nada do clube “poucos mas bons”. Se eles não forem bons amigos, é um problema deles. Eu às vezes também não sou grande coisa.

31. Não tenho uma única tatuagem, o que faz de mim um bicho quase em extinção. Mas não gosto. E mesmo que gostasse, também não iria pagar para sofrer.

32. Gosto muito de comer. E sou gulosa. É por isso que sou gorda. Mas não precisam de mo lembrar constantemente, porque tenho espelhos em casa.

33. Ser mãe foi a melhor coisa que me aconteceu na vida. Pode parecer clichê, mas é verdade.

34. Sempre gostei muito de chuva, de dias cinzentos e de nevoeiro. Mas agora acho que estou a mudar. Continuo a gostar de tudo isso, mas prefiro o verão.

35. Eu e a minha amiga João tivemos cartão da primeira universidade sénior portuguesa, quando tínhamos 20 e poucos anos, só para podermos assistir às fabulosas aulas de Saúde Mental do Professor Joaquim Marujo. E este ano inscrevi-me na universidade sénior aqui da terra. Acho que isto me está no sangue!

36. Sou apaixonada por bibliotecas e livrarias.

37. Pelo-me por um concerto! Música clássica, rock, pop, pimba…marcha quase tudo! Mas tenho os meus artistas de eleição.

38. Queria ter jeito para cuidar de plantas, fazer croché, bordar, costurar, e mais umas quantas coisas. Já não devo lá chegar, estou quase conformada, mas ainda vou tentando qualquer coisa.

39. Não digo asneiras no trânsito, mas cruzo-me com muitas abróteas e isso chateia-me. Nada contra as abróteas, mas acho que é melhor do que ofender as mães dos outros condutores.

40. Nunca pus gasóleo no carro. Nem gasolina, porque só tenho tido carros a gasóleo. Levo o carro à bomba, se for preciso, mas recuso-me a pegar na mangueira. Habituei-me a isto e enquanto tiver quem o faça por mim, vou continuar assim!

41. Não casei quando queria, mas casei como queria. Foi um dia perfeito. Pelo menos, foi assim que o vivi.

42. Sou apaixonada por cinema, no cinema. Já fui muito, mas hoje vou pouco. Infelizmente.

43. Sempre fui muito fiteira com agulhas e afins, e ninguém me achava sequer capaz de ter um filho. Mas tenho sido uma corajosa. Já passei maus bocados, e tive uma filha de parto natural e sem anestesia.

44. Já fui ao Brasil, e a mais alguns lados, já quis viver em Inglaterra, mas sou tão feliz em Portugal!

45. Gosto de cozinhar, acho que não cozinho muito mal, mas se pudesse, ia mais vezes ao restaurante. Adoro comer fora!

46. Digo muitas vezes “adoro” porque me apetece, e porque se calhar sou uma exagerada, mas fui ensinada a usar esta palavra só para Deus. Mas Ele sabe que eu não misturo as coisas.

47. Se fosse uma pessoa dada ao desporto, que não sou, praticava surf, natação, vela, remo…qualquer coisa dentro de água.

48. Nunca andei numa montanha-russa, e dificilmente alguma vez me apanharão numa. Mas gosto muito de alturas. A minha atividade preferida, no género radical, é estar à beira de um precipício. Mas não são tendências suicidas, sosseguem!

49. Detesto que me perguntem o que faço porque não sei responder. Sou muitas coisas, faço muitas coisas, e acho que podíamos começar a perguntar coisas mais interessantes às pessoas.

50. Gosto tanto da minha família! Dos mais chegados aos mais afastados, daqueles com quem me dou melhor, e daqueles com quem me dou pior. Mas acho que nem todos sabem isso.

51. Quero ir aos Açores, à Islândia, ao Alasca, à Patagónia, ao Canadá, a Israel, e a mais alguns lugares. Mas se não for, não há problema. 

52. Gosto muito de redes sociais. Mas quando vejo que há quem as use para o mal, odeio-as. Coitadas, não são as redes sociais que têm a culpa!

53. Nasci a 29/09/1969, às 9:20. E, naturalmente, o 9 é o meu número favorito.

Podia escrever sobre muitas outras coisas, mas está completa a lista. Afinal, ainda sou uma jovem. São só 53! Parabéns para mim!
E obrigada, Senhor, pela minha vida e pelo Teu amor. Sem Ti, nada sou!

sábado, junho 13, 2020

Com papas e bolos...

Diz o povo que com papas e bolos, se enganam os tolos. Não me tenho por tola, mas se me enganarem, só se for com bolos, que às papas, nem vê-las! Gosto de tudo, ou quase tudo, o que tenha uma consistência semelhante à papa, mas não da dita. Dêem-me mousses ou uma qualquer comida mastigada que eu fico feliz. O termo "comida mastigada" não é sugestivo, mas a minha mãe usa-o muito para se referir àquelas comidas que não precisam de ser muito mastigadas, como por exemplo uma açorda ou um bacalhau com natas. Comida mastigada por outros, dispenso naturalmente, especialmente em tempos de Covid19. E as papas, perdoem-me aqueles que as apreciam, parecem-me sempre comida mastigada por outros.

A papinha na foto, e não sei porque uso o diminutivo, é a famosa papa Maizena. Passo a publicidade mas parece que é assim que é conhecida, apesar de esta ter sido feita com um qualquer amido de milho de marca branca. O meu marido sempre falou dela com muito carinho e recordava saudosamente os tempos em que a comia. E não me perguntem por que razão é que, em 22 anos que estamos juntos, nem ele me pediu para lhe fazer uma destas papas, nem eu tomei a iniciativa de as fazer. Mas nunca é tarde. Este ano a coisa deu-se e agora não quer outra coisa. Ele delicia-se com a papa e eu faço-a com carinho, mas olhando para ela sem nunca entender como alguém pode gostar daquilo. A nossa filha também não é fã desta papa mas aprecia outras. E ainda por cima com grumos, o que torna a coisa pior. Ou não. Quanto a mim, já estou a pensar nas sardinhas que vou comer hoje. Isso sim, reconforta o estômago e alegra as minhas papilas gustativas!

sexta-feira, junho 12, 2020

A marcha é linda!

Não fora o desgraçado do vírus, e hoje seria dia de Marchas Populares de Lisboa. E para quem gosta de saber estas coisas, fica aqui um cheirinho da sua história. Não tenho raízes em Lisboa e cheguei a esta cidade (para ser mais precisa, perto dela) já espigadota, com 12 anos. Mas a minha mãe,  também uma apaixonada pelas marchas, criou lá por casa a tradição de ir ver as marchas, e eu aderi com todas as minhas forças. Íamos bem cedo, para arranjar um bom lugar, e lá aguardávamos ansiosamente a hora do desfile, para depois nos maravilharmos com toda aquela alegria, cor e musicalidade. Passei o gosto à minha filha e só falho por motivo de força maior.

Sempre que estava na Avenida da Liberdade a ver as marchas a passar, sonhava com o dia em que eu própria também ali estaria. Mas julgava ser sonho impossível de se realizar, dado não ser nascida nem criada em nenhum bairro lisboeta. Já bem adulta e com uma filha de 4 anos, fruto de uma sequência de coincidências (para quem nisso acredita, porque eu tenho a certeza de que não as há), vi-me marchante pelo Lumiar. Oh, que alegria! Um sonho realizado! Falta-me o jeito para a dança e calhou-me um par que era metade de mim, mas lá me saí muito bem. Que emoção descer a Avenida! O meu marido foi aguadeiro e a minha filha assistiu entusiasmada, depois de não ter falhado um único ensaio e de saber a coreografia toda de cor. Já vos disse que tinha só quatro anos? Já me apeteceu repetir a experiência, mas provavelmente não o farei. 

Não encontrei nenhuma foto minha, porque não sei onde as guardei, mas encontrei esta foto do ano em que fui marchante:
Hoje não há marcha, mas há manjericos. E que bem que cheiram! Lembram-me também a minha Vovó, que tanto gostava deles. Infelizmente, também me falta o jeito para cuidar de plantas, mas vou tentar que eles se mantenham viçosos por mais algum tempo. E se consegui marchar, também hei-de conseguir cuidar dos manjericos!

quinta-feira, junho 11, 2020

Ainda a propósito de Portugal


ViVer Portugal é uma iniciativa lançada ontem, Dia de Portugal, pela SIC e pelo Expresso, com o objectivo de promover tudo o que é português. Não me pediram publicidade mas gosto sempre de falar destas coisas. Descobri esta iniciativa ontem, na TV, enquanto tomava o meu pequeno-almoço (tenho o vício de precisar de TV para conseguir tomar o pequeno-almoço) e hoje, a propósito desta iniciativa, conheci uma empresa portuguesa de cerâmica, a Carisma, que tem produtos muito bonitos.

Ainda a propósito de Portugal, e da saída de Mário Centeno do governo, ouvi António Costa dizer: "Covid passado, o abraço será dado". Os tempos podem não estar para muita poesia, mas as rimas estão-nos no sangue!

Não termino sem vos contar que me fiz esperta!🤪Continuo a escrever no telemóvel mas instalei a aplicação Blogger. A letra pode continuar a ser pequena mas é muito mais fácil a edição. Vivendo e aprendendo. Sempre! E vamos aproveitar mais um feriado!

quarta-feira, junho 10, 2020

Dia de Portugal.....e de fazer experiências!


É verdade, hoje é Dia de Portugal, e à falta de uma imagem melhor, coloquei aqui a foto da bandeira portuguesa que esteve algum tempo na nossa varanďa. A bandeira já lá não está, não porque tenhamos deixado de gostar do nosso país, mas porque estava a perder a cor. E nós queremos um país cheio de cor. Dizem que é feriado e por isso o dia amanheceu tranquilo mas depois do confinamento, quem estranha dias calmos? Só quem teve sempre de continuar a trabalhar por nós. 

E é dia de fazer experiências porque o meu computador já teve melhores dias (mas ainda não vai ser substituído) e eu quis experimentar escrever no blogue através do telemóvel. Não sei qual será o resultado mas a experiência é estranha. Isto é tudo muito pequeno, e para quem já nem os braços compridos  chegam, não é muito fácil. Mas também não é impossível. Uff, já está!
Bom feriado para os que têm direito a ele. Bom Dia de Portugal para todos os que aqui estão, neste cantinho à beira-mar plantado, sendo ou não portugueses.  E para os que estão lá fora.

terça-feira, junho 09, 2020

Vim com a Palmira visitar o blogue!

Este podia ser mais um Back to Blogging, mas talvez não seja boa ideia. Diz-me a experiência (pouca) que os meus regressos a estas andanças não são duradouros. O último foi há 3 anos e desde então, tenho visitado outras paragens mas sem nunca por aqui passar.

Nestes tempos de pandemia, em que um vírus nos manteve fechados em casa e trouxe muitas mudanças às nossas vidas, descobri-me comunicadora dos directos, à semelhança de muitas outras pessoas. Mas para mim foi surpresa, e também o foi para muitos daqueles que me conhecem. Tem sido divertido experimentar caminhos novos mas ainda que não me ache suficientemente competente nem a falar, nem a escrever, continuo a sentir-me mais confortável na escrita. Hoje vim aqui procurar um texto que alguém me pediu, e que eu sabia estar guardado algures, e tive saudades. Saudades de escrever, saudades das visitas a outros blogues que tanta companhia me fizeram durante muito tempo. Não sei se por aqui me demoro muito tempo, mas também não importa. Se há coisa que tenho vindo a aprender é que tenho de ser menos rígida comigo própria. Há coisas que têm de ser feitas, mesmo que delas não gostemos, mas há outras que podemos fazer quando nos apetece e como nos apetece E esta é uma delas!

E porque trouxe a Palmira comigo? Em primeiro lugar, porque ela anda sempre atrás de mim! E depois, porque hoje a apanhei dentro deste cesto, que também me acompanha pela casa, e onde guardo os meus cadernos, canetas, agenda e Bíblia.

E já agora, parabéns ao meu marido! Ainda que ele não leia estas coisas, não posso deixar passar a data em branco. E que data! Celebrar a vida é sempre tão bom mas depois de Deus lhe ter poupado a vida, é melhor ainda!